Não, não estou falando do seu computador. Quero saber o SEU sistema operacional! Isto mesmo, aquele que roda e mantém seu cérebro funcionando. Tenho quase certeza que é Windows. Aqui no Brasil, diria que 90% dos sistemas operacionais dos cérebros devem ser Windows.
Quem nunca tentou ligar seu cérebro, de manhãzinha com o despertador, e percebeu que ele simplesmente não fazia o “boot”? Que não importasse o quanto você quisesse ou tentasse – ele se recusava a manter o funcionamento. Parece que quando seu Windows ia ligar, naquela primeira tela aonde tem o símbolo da Microsoft, logo aparecia uma mensagem de erro: “Não foi possível acessar o arquivo acordar.afj. Tente novamente mais tarde ou contate o suporte técnico.”, para logo em seguida sermos obrigados a voltar ao sono profundo até que o verificador de erros do Windows consiga concertar o erro e nós, finalmente, acordemos. É, este erro crítico do Windows, que parece acontecer mais quando o sistema fica muito tempo sem ser desligado, atrapalha muita gente diariamente impedindo que estas pessoas acordem na hora que deveriam.
Mas vamos supor que você conseguiu ligar e fazer o boot. Entrou no seu perfil, e logo acessou sua tela inicial. Enquanto todos os programas iniciam, comendo todo o processador do cérebro e deixando os passos e pensamentos lentos e meio desorientados, você vai até a cozinha e come um café da manhã. Aí tudo parece bem: os programas já estão todos rodando, e o processador já esta dando conta das tarefas; você não esta atrasado para seu trabalho e acabou de ter a refeição mais importante do dia. Mas, de repente, quando você tenta acessar um arquivo específico da sua memória (também conhecida como disco rígido), o clássico som de erro do Windows aparece, e uma janela salta na tela: “Não foi possível abrir o arquivo “celular.doc”. O arquivo pode não ter sido salvo direito, e parece estar corrompido.”.
Ai surge a grande questão: Aonde eu deixei meu celular?
O cérebro ativa um programa de suporte do Windows que tenta acessar as informações do arquivo corrompido, ao mesmo tempo em que outro programa ativa a ferramenta de busca nos registros ocultos, na esperança que alguma outra memória mostre alguma pista do paradeiro de seu celular. Enquanto isto, o que resta da capacidade de processamento do cérebro – que agora mantém apenas os programas essenciais para se dedicar especificamente a este problema – manda o corpo procurar nos mais diversos lugares de sua casa: partindo do óbvio (como sua mochila) até o impossível (como a lata de lixo do banheiro).
Uma hora, o problema será resolvido, e o dia continuará. Ao acessar o calendário do Windows, vemos que nossa próxima tarefa é a escola.
O caminho até a escola é todo feito no automático, apenas com as funções básicas de nosso cérebro, de modo que o uso da memória RAM não ultrapassa os 10%. Chegando la, o potencial de contato social abre outros programas no nosso cérebro, como o msn (responsável por conversas e expressões faciais) e um outro programa básico, rodado em DOS, que define quais pensamentos deverão ser compartilhados e quais deverão ser mantidos no cérebro (este programa, infelizmente, é velho e tem inúmeras falhas diariamente). O sinal da escola inicia um novo programa, específico para a programação escolar, e que consome diferentes quantidades de processamento nos diferentes cérebros. As primeiras tarefas que esse programa cumpre são consultar o material necessário, pega-lo no armário, e dirigir-se a Sala de Aula, escolhendo uma carteira de acordo com critérios pré-estabelecidos. Logo em seguida, quando o professor é avistado, o cérebro tenta iniciar o modo “Aula” (assim como os temas no celular (silenciosos, reunião, avião, etc)). Acontece que, 50% das vezes, salta na tela a janela de erro: “O programa “Em Aula” parou de responder e precisa ser encerrado. O Windows esta procurando uma solução para o problema.”. Portanto, até que o Windows ache a solução, a aula acontece em sua frente sem que nada do conteúdo entre em você.
Mas ai você percebe que tem algo diferente na aula. O professor acabou de pegar um calhamaço de folhas e distribui-las, um por aluno.
Dispara o alarme do Windows. O uso do processador vai a 100%. A temperatura interna esquenta. Aparece uma janela, com letras vermelhas bem grandes: PROVA HOJE. E você percebe, mais uma vez, que seu alarme de provas foi mal programado e falhou.
Você recebe sua prova e lê as questões. A partir daí, existem 3 possibilidades:
-Cai a internet, e você não consegue pesquisar nada
-Aparece na tela: “Arquivos incompletos. Impossível realizar a pesquisa.”
-Erro crítico. Reinicie o sistema e aguarde o verificador de discos do Windows.
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